Músicas Juninas
"As músicas típicas das festas juninas podem ser apenas cantadas ou também dançadas. Até hoje muitas são compostas, especialmente pelos nordestinos, e formam o repertório do forró que se transformou em baile realizado não apenas no período junino.
Entre os compositores e cantores mais famosos, destaca-se o pernambucano Luis Gonzaga. Algumas estrofes de suas músicas são conhecidas de todos os brasileiros, como as de "Olha pro céu, meu amor" (em parceria com José Fernandes).
Olha pro céu, meu amor.
Vê como ele está lindo.
Olha praquele balão multicor
como no céu vai sumindo.
E as de "São João na Roça" (em parceria com Zé Dantas)
A fogueira tá queimando
em homenagem a São João.
O forró já começou.
Vamos, gente, arrasta pé nesse salão.
SEM TÍTULO
(Djalma da Silveira Allegro e Paulo Soveral)
A mesa tá preparada,
os conviva vão chegando,
o quentão vai se servido,
o leitão tá esturricando.
Tem pipoca, tem pamonha,
mio verde com fartura.
Tem cabrito e frango assado,
tem doce de rapadura.
Tem tanta coisa gostosa
que barriga quase fura…
Chame o Mané Sanfoneiro
que o baile vai começá!
Vamos dançá a quadrilha,
cada um no seu lugar.
E a festança continua,
continua o arrasta-pé.
Dança home com otro home
e muié com otra muié.
Um já gasto as butinas,
otro já sento cansado.
As moças dançam com o padre,
as véia com o delegado.
Uns ainda tão na mesa
comendo doce e salgado.
A fogueira vai queimando
que dá gosto a gente ve.
As estrelas ainda piscando,
o sol quase pra nasce.
Tá todo mundo esperando
otro dia amanhece…
PULA A FOGUEIRA
(João B. Filho)
Pula a fogueira Iaiá,
pula a fogueira Ioiô.
Cuidado para não se queimar.
Olha que a fogueira
já queimou o meu amor.
Nesta noite de festança
todos caem na dança
alegrando o coração.
Foguetes, cantos e troca
na cidade e na roça
em louvor a São João.
Nesta noite de folguedo
todos brincam sem medo
a soltar seu pistolão.
Morena flor do sertão,
quero saber se tu és
dona do meu coração."
As de "derramando o gai" (coco de Luiz Gonzaga e Zé Dantas)
Eu nesse coco num vadeio mai,
apagaro o candihero,
derramaro o gai.
apagaro o candihero,
derramaro o gai.
Coisa boa nesse escuro
eu sei que não sai.
Já não tão mai respeitando
nem eu qui sou pai,
pois me dero um beliscão,
quase a carça cai.
Não se pr'onde vai
por isso nesse coco
num vadeio mai.
CAI, CAI, BALÃO
Cai, cai, balão.
Cai, cai, balão.
Aqui na minha mão.
Não vou lá, não vou lá, não vou lá.
Tenho medo de apanhar.
BALÃOZINHO
Venha cá, meu balãozinho.
Diga aonde você vai.
Vou subindo, vou pra longe,
vou pra casa dos meus pais.
Ah, ah, ah, mas que bobagem.
Nunca vi balão ter pai.
Fique quieto neste canto
e daí você não sai.
Toda mata pega fogo.
Passarinhos vão morrer.
Se cair em nossas matas,
o que pode acontecer.
Já estou arrependido.
Quanto mal faz um balão.
Ficarei bem quietinho,
amarrado num cordão.
CHEGOU A HORA DA FOGUEIRA
(Lamartine Babo)
Chegou a hora da fogueira.
É noite de São João.
O céu fica todo iluminado,
fica todo estrelado,
pintadinho de balão.
Pensando na cabocla a noite
também fica uma fogueira
dentro do meu coração.
Quando eu era pequenino,
de pé no chão,
recortava papel fino
pra fazer balão.
E o balão ia subindo
para o azul da imensidão.
Hoje em dia meu destino
não vive em paz.
O balão de papel fino
já não sobe mais.
O balão da ilusão
levou pedra e foi ao chão
CAPELINHA DE MELÃO
(João de Barros e Adalberto Ribeiro)
Capelinha de melão
é de São João.
É de cravo, é de rosa,
é de manjericão.
São João está dormindo,
não me ouve não.
Acordai, acordai,
acordai, João.
Atirei rosas pelo caminho.
A ventania veio e levou.
Tu me fizeste com seus espinhos
uma coroa de flor.
SONHO DE PAPEL
(Carlos Braga e Alberto Ribeiro)
O balão vai subindo,
vem caindo a garoa.
O céu é tão lindo
e a noite é tão boa.
São João, São João,
acende a fogueira/no meu coração.
Sonho de papel
a girar na escuridão
soltei em seu louvor
no sonho multicor.
Oh! Meu São João.
Meu balão azul
foi subindo devagar
/O vento que soprou
meu sonho carregou.
Nem vai mais voltar.
ISTO É LÁ COM SANTO ANTÔNIO
(Lamartine Babo)
Eu pedi numa oração
ao querido São João
que me desse um matrimônio.
São João disse que não,
São João disse que não,
isto é lá com Santo Antônio.
Implorei a São João
desse ao menos um cartão
que eu levasse a Santo Antônio.
São João ficou zangado.
São João só dá cartão
com direito a batizado.
São João não me atendendo
a São Pedro fui correndo.
No portão do paraíso
disse o velho num sorriso:
"Minha gente eu sou chaveiro,
nunca fui casamenteiro".
PEDRO, ANTÔNIO E JOÃO
(Benedito Lacerda e Oswaldo Santiago)
Antônio ia se casar,
Com a filha de João
mas Pedro fugiu com a noiva
na hora de ir pro altar.
A fogueira está queimando,
o balão está subindo,
Antônio estava chorando
e Pedro estava fugindo.
E no fim dessa história,
ao apagar-se a fogueira,
João consolava Antônio,
que caiu na bebedeira.
FONTE:http://pd-crianca.com.br/pd_2003/datas/festa_junina.htm
AQUI VAI MINHA COLABORAÇÃO PARA A DANÇA DA FESTA.
BEIJOS E BOA DANÇA.
ANA CLÁUDIA
zedocampo_santoantoniosaojoao.asx
Uma música pra alegrar o Pead
Beijos, Ivana
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